Palestras visam prevenir o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Nos dias 9 e 10 de maio a Secretaria de Assistência Social e Habitação do município de Catanduvas realizou palestras e atividades lúdicas com foco no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

O trabalho foi desenvolvido pela psicóloga do CREAS Victória Dupont Mattei e pela educadora social Taiane Gomes de Almeida, com as crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV.
A atividade faz parte de uma ampla ação que visa conscientizar a comunidade prevenindo e mostrando a importância de denunciar.  No dia 18 de maio, uma passeata com concentração no centro da cidade está sendo organizada pela secretaria.

18 de Maio:
A data marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e foi escolhida em alusão ao crime ocorrido no Espírito Santo, em 1973, que vitimou a menina Araceli Cabrera Crespo, sequestrada, violentada e assassinada aos oito anos de idade. A data é usada para lembrar que todos temos a responsabilidade de proteger e cuidar das crianças e adolescentes.

 
Mitos e verdades sobre a vítima de violência sexual: 
O termo abuso sexual reúne atos envolvendo crianças ou adolescentes, os quais eles não têm condições de compreender plenamente ou de dar consentimento, que violam regras sociais e papéis familiares. O crime pode ser praticado com ou sem a conjunção carnal, por meio atos libidinosos, com o uso de ameaças, agressões e até mesmo ‘disfarçado’ de brincadeiras. Já a exploração sexual ocorre quando há um interesse financeiro na atividade sexual envolvendo menores. Tanto quem explora o menor quanto quem paga por essa exploração estão cometendo crime.

Existem muitos mitos que permeiam os crimes sexuais contra menores, por isso, é importante que pais, familiares e até mesmo agentes de segurança pública que atendam essas vítimas estejam atentos a todos os sinais.

• O comportamento: popularmente, acredita-se que toda criança ou adolescente vítima de violência sexual se isola, fica triste ou com medo e, da mesma forma, existe a crença de que toda criança/adolescente que se corta é vítima de abuso sexual. No entanto, nada disso é 100% verdade.  Algumas vítimas podem apresentar alteração comportamental, outras podem não apresentar nenhum sintoma. Não há um único sintoma que caracterize a maior parte das vítimas. Além disso, as alterações comportamentais podem ser provocadas por outros motivos.

• O abusador: nem todo abuso sexual é violento, e nem todo abusador é agressivo e monstruoso, como muitos acreditam. O abuso sexual pode ser marcado por violência, mas também pode ser travestido de brincadeiras. Às vezes, a vítima é recompensada com doces e presentes. O autor, geralmente, é uma pessoa acima de qualquer suspeita, em regra, com família, parceira sexual fixa e vida normativa. Muitas vezes, ele tem uma relação de proximidade com a vítima, o que pode levá-la a continuar convivendo com o abusador e, até mesmo, vivenciar o conflito de gostar da pessoa e repudiar o momento do abuso.