Catanduvas se antecipa e adquire medicamentos por compra direta para evitar desabastecimento

A Secretaria Municipal de Saúde de Catanduvas vem enfrentando nos últimos meses dificuldades para manter o abastecimento de alguns medicamentos da farmácia básica, a exemplo de outros municípios da região, do estado e do país. Entre esses medicamentos estão antibióticos para uso pediátrico, xaropes e analgésicos.

A secretária de saúde do município Marisete Marcon explica que as aquisições de medicamentos se dão através de licitação compartilhada pelo Consórcio Interfederativo Santa Catarina (CINCATARINA), que faz todo o controle e monitoramento do processo de compra. “Nas atas de registro de preços de medicamentos do CINCATARINA de 2021 vigentes até 15 de maio, um número considerável de itens estava cancelado por rescisão ou ainda troca de fornecedores, resultando em falta de alguns medicamentos. No dia seguinte entrou em vigência no CINCATRINA a nova Ata de Registro de Preços e tão logo estava liberado, já solicitamos novos pedidos de medicamentos, mas já estamos com atraso na entrega desses pedidos, bloqueio por troca de fornecedores, resultando em desabastecimento e redução dos estoques disponíveis”, destacou ela.

Diante da atual situação e para evitar o desabastecimento, a secretaria de saúde de Catanduvas se antecipou e desde o início do ano efetuou várias aquisições por compra direta. Dentre os itens adquiridos pela secretaria estão: Alopurinol 300mg, Ibuprofeno gotas (por 2 vezes), Pentoxifilina 400mg, Sinvastatina 40mg, Carvedilol 6,25mg, Glimepirida 2 e 4mg, Digoxina 0,25mg, Metronidazol 250mg, Diosmina+hesperidina 450+50mg (por 2 vezes), Gabapentina 300mg, Amoxicilina 500 + Clavulanato 125mg comprimidos (por 2 vezes), Oxcarbazepina 300mg (por 2 vezes), Acebrofilina xpe adulto, Paracetamol gotas, Ambroxol xpe adulto, Dipirona 500mg cp, Amoxicilina + Clavulanato 250+62,5mg/ml suspensão pediátrica, Valproato de sódio 500mg cp, Citalopram 20mg, Dipirona gotas.

Marisete explica ainda que com relação aos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, fornecidos pelo estado, a situação não é diferente. Há medicamentos em falta e atraso de entrega ocorrendo rotineiramente. “Salientamos que todos os esforços do setor de assistência farmacêutica e da Secretaria de Saúde estão sendo feitos no sentido de minimizar o desabastecimento e garantir o acesso aos usuários dos medicamentos que necessitam”, destacou ela.

Conforme o ministério da saúde em nota, houve alguns fatores que contribuíram para esse cenário de dificuldade na compra dos medicamentos. Segundo a pasta, além do aumento na procura dos produtos ter crescido, as variações do dólar também tiveram grande influência em meio à pandemia.